sábado, 15 de junho de 2024

SLASH - ORGY OF THE DAMNED (2024)

 


SLASH
ORGY OF THE DAMNED
Gibson Records - Importado

Um álbum de covers de blues feito por um músico famoso, com convidados especiais também famosos, e algumas faixas que já foram coverizadas algumas boas dúzias de vezes... Parece uma fórmula batida e repetida, certo? Sim, certo. Porém quando estamos falando do guitarrista Slash, e de convidados como Brian Johnson, Steven Tyler, Paul Rodgers, entre outros, o resultado pode ser considerado bem além do interessante.

Orgy Of The Damned”, é o segundo álbum solo de Slash (se você considerar que Slash´s Snakepit e Slash and The Conspirators são bandas que existem apenas pela vontade própria do nosso “cartoleiro” preferido, temos ai 7 ou 8 álbuns solo). O tracklist do álbum apresenta standards do blues, que foram executados e regravados diversas vezes, alguns exaustivamente coverizados. Porém, aqui temos de um lado todo o talento de Slash, o último grande guitar-hero da história, ao lado de uma seleção estelar de vocalistas que emprestam todo o seu brilho para estas músicas. Tudo isso com uma produção altamente esmerada de Mike Clink. Sim, ele mesmo, o cara que em 1987 entalhou o mais que clássico “Apettite For Destruction”, do Guns N' Roses.

Entre os destaques, podemos citar “The Pusher”, a segunda música mais famosa do Steppenwolf, aqui cantada pelo grande Chris Robinson do Black Crowes. Uma surpreendente Demi Lovato cantando “Papa Was a Rolling Stone”, um dos maiores hinos sessentistas da gravadora Motown, enquanto com “Killing Floor” temos um Brian Johnson na sua versão mais natural e na “versão Geordie”, enquanto Steven Tyler brilha com a sua harmônica.

Mas os dois melhores momentos são o clássico “Oh Well” do Fleetwood Mac, onde os vocais ficam por conta de Chris Stepleton e “Awful Dreams”, de Lightnin Hopkins, onde encontramos uma interpretação excelente de nada mais, nada menos, que Iggy Pop. O disco finaliza com uma instrumental inédita de autoria de Slash, “Metal Chestnut” que não acrescenta muito além de ser um bom fechamento para “Orgy Of The Damned”.

Enfim, o novo álbum de Slash é uma ótima oportunidade para conhecer novas versões de velhos clássicos, como citei antes, realizado com bastante capricho e cuidado. Uma ótima trilha sonora para relaxar ou se divertir, e aquele clima com cara de boteco e cheiro de Whisky.

José Henrique Godoy




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