KIKO LOUREIRO
THEORY OF MIND TOUR 2025
CONVIDADO ESPECIAL: MARTY FRIEDMAN
ABERTURA:
THEORY OF MIND TOUR 2025
CONVIDADO ESPECIAL: MARTY FRIEDMAN
ABERTURA:
PHORNAX
ANDY ADDAMS
05/06/2025
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: TOP LINK Music/ ABLAZE Productions
05/06/2025
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: TOP LINK Music/ ABLAZE Productions
Texto e fotos: José Henrique Godoy
Um público “dividido” entre camisetas do Megadeth e camisetas do Angra. Era assim o público presente no Bar Opinião, na quinta-feira dia 05 de junho, e não necessita muito para identificarmos que a atração em cartaz seriam os guitarristas Kiko Loureiro e Marty Friedman, ambos ex-guitarristas do Megadeth, e Kiko anteriormente sendo membro fundador do Angra.
Abertura da noite, ficou por conta da banda gaúcha Phornax. Formada em 2009, a banda retornou em 2024, com uma nova formação, contando com duas lendas do underground gaúcho, o baixista Sfinge Lima (Crossfire) e o guitarrista Eduardo Martinez (ex-Panic, ex-Hangar). E fizeram bonito, com músicas pesadas, técnicas e intrincadas, na sua maioria composições presentes no seu EP “Silent War”(2024). Destaco também o excelente vocalista Cristiano Poschi, um ótimo frontman que conseguiu agitar o público já numeroso no Opinião.
Por volta das 20h30, a segunda atração da noite sobe ao palco: o guitarrista Colombiano/americano Andy Addams. Com sua jaqueta cheia de luzes piscando intermitentemente, lembrando algum herói “lado B” da Marvel, Andy demonstrou muita técnica, com muitas notas a velocidade da luz e “arpeggios” a vontade. Me remeteu ao meio da década de oitenta, quando a cada semana, a gravadora Shrapnel lançava meia dúzia de guitarristas nesse estilo. Muita velocidade e técnica, mas que, para meu gosto, não chega a lugar nenhum. A apresentação animou um pouco, quando Andy tocou trechos de “Separate Ways” do Journey, “Eruption” e “Ain t Talk About Love” do Van Halen e “Pegasus Fantasy” – trilha dos Cavaleiros do Zodíaco, todas em versões instrumentais. Com certeza esse tipo de som tem seus fãs, mas para mim, foi uma apresentação monótona, que agrada apenas a guitarristas shredders.
Passava um pouco das 22h, quando Kiko Loureiro e banda invadem o palco do Opinião. Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria), ambos do Angra, e o guitarrista Luiz Rodriguez escoltam Kiko Loureiro através das suas composições solo, sendo “Blindfolded” do seu mais recente trabalho, “Theory Of Mind”, e na sequência “Reflective” e “Overflow”, respectivamente dos álbuns solo de 2012 e 2020. Kiko Loureiro demonstra desde o início não apenas técnica, mas bom gosto nas composições, sem exageros, mas também com muita técnica, mesclando sentimento e categoria. Sem contar na sua presença de palco, onde aparenta estar mais a vontade e mais solto.
Em seguida ele anuncia que a próxima música ele executou muitas vezes nos últimos anos, e era a hora de Megadeth e “Dystopia” do álbum de mesmo nome, e Kiko não faz feio nos vocais, para delírio dos fãs da banda de Dave Mustaine. Kiko relembra que há 20 anos, lançava seu primeiro disco solo, e executa a faixa título do mesmo: “No Gravity”. A seguir, um dos momentos mais esperados pelo público, o Angra-Medley: "Carry On", "Spread Your Fire", "Nova Era", 'Morning Star", "Evil Warning" e "Speed', tocadas de forma instrumental levam os presentes que lotavam o Opinião ao delírio. Um pouco mais de Megadeth, com “Conquer Or Die!”, também do álbum Dystopia (2016) e mais uma de “Theory Of Mind”, a faixa “Mind Rise”.
Kiko então convida o vocalista Alírio Neto para vir ao palco, e então executam “Nothin To Say”, um dos maiores clássicos do Angra. "Angels And Demons”, do álbum “Temple of Shadows” dá sequência ao show, e esse bloco finaliza com a acústica “Late Redemption” do mesmo trabalho, e dessa vez Kiko divide os vocais com Alirio, fazendo “as vezes” do Milton Nascimento, o que convenhamos, é uma baita responsabilidade, mas ficou bom.
E então chegamos ao momento mais aguardado da noite: Kiko chama ao palco Marty Friedman! Carismático, assume seu lugar de lenda da guitarra e começa uma jam session de tirar o fôlego. ”Hyper Doom” do seu álbum solo “Inferno” (2014) é executada com pura maestria, e o que se segue é a mais que clássica “Tornado Of Souls” do Megadeth, faixa daqueles que consideram o melhor álbum da banda “Rust In Peace” o primeiro trabalho de Marty na banda. Todos parecem se divertir muito e Friedman demonstra muita alegria por estar ali tocando. Demonstrando mais uma vez o talento gigantesco de ambos, Kiko e Marty executam dois clássicos da música brasileira: “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e “Brasileirinho” de Waldir Azevedo. Estas duas músicas são símbolos da musicalidade brasileira, e Kiko e Marty as executaram com maestria, não apenas demonstrando todo o talento de ambos, mas também versatilidade e sentimento.
Marty Friedman apresenta então “Tearful Confessions” faixa do seu mais recente trabalho, “Drama” (2024) e na sequência, Kiko vai ao violão, Alírio Neto volta ao palco e juntos todos executam “Rebirth”, mais um clássico do Angra. O Opinião veio abaixo! Após os agradecimentos e o “final falso”, Kiko e banda voltam ao palco e fecham o show com a pesadíssima “Enfermo” do primeiro álbum solo de Kiko, lançado em 2004. Uma noite memorável para fãs do Angra, do Megadeth e desses dois gênios da guitarra mundial.
Agradecimentos especiais a Ablaze Productions pelo credenciamento.
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