GATES TO HELL
DEATH COMES TO ALL
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
DEATH COMES TO ALL
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
“Death Comes to All” é uma trilha sonora inegociável com a destruição. A trilha sonora do colapso. Direta, suja e inegociável. São 10 faixas e somente 21 minutos de duração, você o que isso significa, né? O Gates to Hell foi implacável ou, melhor, imparável a partir do primeiro instante que o álbum começa a tocar, mostrando que o inferno sonoro , na verdade, tem nome e sobrenome em 2025.
O grupo não se contentou em ser apenas barulhento. Ele quer ser memorável. Tudo o que há de mais pesado entre o mundo extremos é colocado no liquidificador da insanidade, sem filtros, sem aditivos e o melhor de tudo, sem rodeios — algo entre o desespero e o êxtase. A cada novo movimento, cabeças podem rolar tamanha a fúria despejada.
O equilíbrio entre espontaneidade e precisão é sentido de cara com a dupla dinâmica “Rise Again” e “A Summoning”. A mixagem valoriza cada pancada de bumbo, cada riff dilacerante, cada berro que parece vindo das profundezas. Entre os destaques, “Next to Bleed” mostra uma faceta mais cirúrgica do grupo — ainda brutal, mas com uma construção mais meticulosa, riffs que se acumulam uma tensão prestes a explodir. Já “Crazed Killer” parte direto para o ataque, um belo soco certeiro daqueles de ouvido sensível.
Gates to Hell escreveu um novo manual da violência com o sangue ainda fresco em “Death Comes to All”. Um trabalho que beira a insanidade — agressivo e cruel.
William Ribas
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