CABAL
EVERYTHING ROTS
Shinigami records/Nuclear Blast - Nacional
EVERYTHING ROTS
Shinigami records/Nuclear Blast - Nacional
Com o disco “Everything Rots”, os dinamarqueses do Cabal entregam uma obra barulhenta e destruidora — uma muralha sonora que esmaga com a força bruta do Death Metal, o groove cirúrgico do Groove Metal moderno, e ainda injeta doses de Metalcore, até batidas eletrônica densa em seus momentos mais inesperados. O resultado é uma experiência apocalíptica sonora.
Desde o início com a faixa "Becomes Nothing", o álbum já se impõe com riffs brutos, percussão seca e uma ambiência sufocante. O peso é implacável, mas não é um caos desenfreado — há método e intenção por trás de cada movimento caótico. A cada nota agressiva percebemos que a ordem é deixar o fã nocauteado, sem chance de respirar, afinal, a cada nova faixa, mais brutalidade é jogada na mesa.
Os vocais transitam com maestria entre guturais cavernosos e gritos rasgados, conferindo à performance uma carga emocional brutal. É como se estivéssemos assistindo o nascimento de um filho bastardo entre Gojira e Machine Head, mas criado em uma rave sombria nos subterrâneos da Europa.
O peso hipnótico de "Still Cursed", “No Peace” e "Stuck" evoca aquele Groove Metal direto ao ponto, uma crueza mais moderna e impiedosa. Já “Forever Marked" mergulha em uma aura quase Death Metal, obviamente longe de elementos old school, mas com uma base densa e sufocante. “Snake Tongues” traz suas levadas industriais, é como se a banda quisesse que você se perdesse nas batidas enquanto é dilacerado pelo instrumental animalesco.
Há também momentos de pura catarse como em "Stuck", que alterna entre passagens quase new metal e explosões sonoras que arrancam o fôlego. E quando você pensa que já viu tudo, o encerramento com “Beneath Blackned Skied” entrega um resumo perfeito de toda essa massa sonora utilizada em “Everything Rots” — groove, blast beats, vocais cavernosos e um clima de fim de mundo.
O Cabal, aqui, não está apenas mostrando técnica ou peso — está jogando na sua cara uma agressividade moderna incomum, suja e, ao mesmo tempo, viciante. álbum pesado — um ritual sonoro brutal que mistura raiva, groove e experimentação sem perder a essência extrema.
William Ribas
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