segunda-feira, 2 de junho de 2025

MAJESTICA - POWER TRAIN (2025)

 


MAJESTICA
POWER TRAIN
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

O Majestica retorna com seu terceiro álbum de estúdio, “Power Train”, e entrega exatamente o que se espera de uma banda que carrega em seu DNA o épico, o sinfônico e o poder melódico do Power Metal.

Logo na faixa de abertura, a chiclete faixa título, a banda nos convida a embarcar nessa locomotiva metálica, onde melodias açucaradas, coros grandiosos e uma bateria que dispara como uma máquina a vapor em fúria nos lembram por que o Majestica conquistou tanto espaço desde sua estreia com Above the Sky (2019). A produção novamente ficou a cargo da própria banda, gravada nos “Majestic Studios” e mixada por Jonas Kjellgren — e a clareza do som salta aos ouvidos, com cada instrumento respirando no meio do caos orquestrado.

Para aquele fã fervoroso do estilo, “Power Train” é um prato cheio, graças à sua característica fiel escudeira. O disco por completo é uma ode a tudo que rodeia a mágica do metal melódico: linhas rápidas, refrãos altos e grudentos, bumbo duplo a torto e a direito, orquestração e coros por todos os lados, tudo o que ouvimos milhões de vezes, que dependendo do ponto de vista — é um acerto ou erro. Faixas como “Battle Cry” e “Thunder Power” são exemplos de como o grupo domina a arte de criar hinos de guerra com refrãos gigantes, linhas vocais memoráveis e uma energia contagiante. Já “A Story in the Night” mostra o lado mais fantasioso da banda, flertando com atmosferas de contos de fadas e trilhas sonoras de cinema, sem jamais perder o pulso do metal.

A impressão geral é a de uma banda amadurecida. As composições soam mais ambiciosas, mas ao mesmo tempo mais coesas — e Tommy Johansson brilha não apenas com sua voz poderosa, mas também com solos de guitarra técnicos, rápidos e emocionantes. “Megatrue” e “My Epic Dragon” (só pelos títulos já dá pra sentir o espírito da coisa, certo?) são momentos de pura diversão e fantasia, lembrando que o Majestica não tem medo de flertar com o lúdico e o exagerado — marcas registradas do Power Metal.

Visualmente, o álbum também impressiona. A arte criada é quase uma metáfora visual da proposta sonora: embarcar no “trem do poder” é aceitar ser conduzido por caminhos que cruzam reinos mágicos, guerras lendárias e batalhas interiores — tudo isso guiado por linhas instrumentais em velocidade máxima. Encerrando com “Alliance Anthem”, o álbum deixa claro que o Majestica não está apenas vivendo do passado, e sim, expandindo o estilo para novos fãs. “Power Train” não é apenas um novo capítulo — é uma locomotiva que avança sem freios rumo ao futuro, levando os fãs junto para mais uma jornada de fantasia, emoção e pura paixão.

William Ribas




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