HOLY MOSES - INVISIBLE QUEEN (2023)
Shinigami Records - Nacional
Bandas clássicas são eternas. O último ato de um grupo que sempre lutou e sangrou pelo thrash metal, que antes de virar moda tinha uma guerreira urrando e comandando o front. Sim, o Holy Moses está nos dando adeus, mas não sem antes deixar mais um trabalho brutal para posteridade
O grupo pode ser classificado como “operários da porradaria germânica”. São 40 anos de atividades, “trocentos” lançamentos entre EPS, coletâneas e discos de estúdio, nunca parando e sempre garimpando novos soldados para serem comandados por Sabina Classen.
Saiu há pouco na praça, “Invisible Queen”, um trabalho que não traz surpresas, mas não deixa de surpreender. Assim como o Overkill, o Holy Moses, a gente pega um novo álbum já sabendo os clichês de um estilo, sem novidades, sem risco e fãs felizes — A fórmula da integridade sonora.
Os primeiros minutos são como levar um voleio na “fuça”, não há tempo para recuperar tamanha agressividade despejada. São 4 décadas onde não diminuíram um segundo sequer, muito pelo contrário, é possível sentir as palhetas sangrentas nos riffs cortantes das faixas “Downfall of Mankind”, “Order Out of Chaos” e “Visions is Red”.
O instrumental ora cadenciado, ora acelerado de “Alternative Reality” chama a atenção pela montanha-russa com certo tom jovial em meio ao thrash oitentista praticado. A dobradinha final “Depersonalized” e “Through The Veils Of Sleep” fazem a alma queimar, o corpo clamar por mosh pit. São hipnotizantes e deixam um gosto amargo por serem os minutos de uma história de superação e muito metal.
“Invisible Queen”é o fechamento de maneira ímpar de uma banda que começou num colégio em 1981. Se tiver espaço na sua prateleira, compre! Se não houver, arrume e honre a sua camisa preta surrada.
São 47 minutos que fazem qualquer headbanger sorrir de orelha a orelha.
William Ribas
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