SUICIDAL ANGELS - SANCTIFY THE DARKNESS (2009/2023) - RELANÇAMENTO
Shinigami Records - Nacional
Shinigami Records - Nacional
Lançado há 14 anos, “Sanctify the Darkness” fez o nome do Suicidal Angels subir diversos degraus no underground. De lá para cá, os gregos viraram realidade com uma discografia irreparável.
O trabalho foi tão estrondoso que as cópias sumiram, viraram moscas-brancas. Quem tem, não se desfaz, e quem não tem, quer a todo custo. Mas, quando os riffs são infernais, o mundo merece reviver o caos e, aproveitando a grande repercussão do show do grupo, no Setembro Negro, do ano passado, a Shinigami Records acaba de relançar o disco no mercado, trazendo alegria aos lares thrashers desse Brasil.
Cada nota tocada é uma rasteira nos puristas, é o êxtase para quem nasceu pro moshpit. As letras têm como temas a morte, o ódio, atacam igrejas, padres, religiões e destruição do mundo, ou seja, literalmente bebendo da mesma cerveja do Slayer, Sepultura (antigo), Kreator e Sodom. Não, em “Sanctify the Darkness”, você não verá nada novo, ou a reinvenção da roda, mas isso pouco importa, pois tudo é elaborado com extrema propriedade, que surpresas não são necessárias.
A agressividade jorrada em cada uma das 11 faixas é algo surreal, os ouvidos são jogados em meio a uma manada de elefantes putos se gladiando por 38 minutos, sem qualquer tipo de descanso. O instrumental é seco, direto e crú, transparecendo o sangue nos olhos que estavam no estúdio, como se suas vidas dependessem daquilo.
Poucos álbuns soam tão brutais nessas últimas décadas, mas “Sanctify the Darkness” é uma das exceções, podendo se gabar de ser uma espécie de bisneto bastardo furioso de “Reign in Blood”. Pegue as faixas: “Bloodthirsty”, “Inquisition”, “... Lies” e “No More Than Illusion” e veja se a vontade de destruir tudo não percorre suas entranhas tamanho o peso descomunal.
As viscerais “Atheist”, “Apokathilosis”, “Beyond the Laws of Church” e “Dark Abyss (Your Fate is Colored Black)” são cruéis e ríspidas, a velocidade e riffs característicos fazem ode ao thrash americano e alemão. O fechamento com “Child Molester” tem a banda pisando de vez no acelerador transbordando guitarras corrosivas como último ato.
Nossos heróis estão nos deixando órfãos, mas, por sorte, a terra é habitada por nomes como Suicidal Angels, que se reciclam no estilo.
William Ribas
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