IMMORTAL - WAR AGAINST ALL (2023)
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
Difícil resenhar um álbum novo de uma banda que tanto amamos! As tretas internas pelo nome do Immortal apenas atrapalharam, mas felizmente não foram tão determinantes quanto possam parecer e quase 5 anos após o fantástico “Northern Chaos Gods” (2018) chega a vez de seu sucessor, o aguardado “War Against All” ganhar os holofotes.
Podemos dizer que hoje o Immortal é uma banda de um homem só: Harald Nævdal, mais conhecido como Demonaz, o homem por trás da maioria das letras e composições do Immortal, mesmo enquanto esteve afastado do lineup principal, manteve-se como a veia mais criativa da banda dividindo os créditos com Abbath como compositor principal. Hoje mesmo sem Abbath, temos a certeza de que o Immortal permanecerá vivo por mais muito tempo. Uma pena que o intervalo de lançamento entre seus tempos está muito grande. Nos últimos 20 anos, apenas 3 discos, incluindo este. Então, nos resta aproveitar cada nova faixa e reouvir os trabalhos anteriores.
“War Against All” é um tributo ao Metal de forma geral em seus 38 minutos de duração. A desgraceira começa com a faixa título já lançada há algum tempo, sendo essa a mais rápida e violenta do trabalho seguida pela também rápida ‘Thunders of Darkness”, que chama a atenção pela levada de bateria, muito similar àquela que o ex baterista Horgh praticava, percebe-se que Demonaz escolheu Kevin Kvåle a dedo para o posto, o que deu muito certo.
“Wargod” também já foi lançada anteriormente e vem numa linha mais melódica que pode remeter ao projeto “I” capitaneado pelo ex frontman Abbath que mesmo estando de longe, sua aura parece presente em tudo o que o Immortal faz.
“No Sun” é uma das mais pesadas do disco, com uma diversidade de riffs que beira a insanidade. Outro destaque absoluto vai para “Return to Cold” que vai agradar em cheio os fãs do projeto “I” (de novo!) mesclando o Heavy Metal puro e simples com o Thrash Metal, sendo esta uma das duas melhores do trabalho. Soberba!
A mais surpreendente atende pelo esquisito nome “Nordlandihr”, uma faixa instrumental de mais de 7 minutos que consegue ter aquela aura estilo “Orion” ou “The Call of Ktulu” (sim, caro leitor você não leu errado!), algo ao meu ver, inédito na carreira do Immortal; essa com certeza irá te surpreender. Se eu pudesse fazer minha primeira audição novamente, começaria por ela, porque realmente é algo diferente de tudo o que o Immortal já fez.
Ah, e após 10 álbuns de estúdio, é lançada uma faixa título denominada simplesmente “Immortal” que segue a linha de “No Sun” com uma levada Thrash Metal, sendo também uma das mais violentas do disco. E por último, a melhor de todas com o lindo título “Blashyrkh My Throne” que faz muitíssimo bem o papel de fechar com chave de ouro o trabalho, uma das marcas registradas do Immortal. Uma intro a la Iron Maiden seguida de muita melodia e que descamba num Death/Black Metal bem elaborado e arranjado. Cheiro de novo clássico!
Na humilde opinião deste redator, o Immortal é uma banda única, não há nenhuma outra banda neste planeta que se pareça com eles (ou ele, no caso Demonaz): não são sinfônicos como Dimmu Boirgir e Cradle of Filth por exemplo, nem fazem trabalhos mal gravados ou mal produzidos como Darkthrone e Mayhem por exemplo, sua música nem sempre é veloz, buscar melodias pesadas e densas é o seu mantra, mantendo o visual de uma banda Black, os tornam um show a parte. Talvez o Bathory seja quem mais se aproxime pelo conjunto de sua obra. Não vejo a hora de ter minha cópia física em mãos, porque vou furar ela com certeza. A partir de 26 de maio de 2023, ouça bem alto! Eu o farei muitas vezes...
Mauro Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário