Shinigami Records/Nuclear Blast
Surgido no início dos anos 2000 de forma avassaladora e com muito barulho na cena, o Deathstars tinha todos os ingredientes para se tornar um novo Rammstein, o que inexplicavelmente acabou não acontecendo. Durante sua trajetória, a banda sempre primou por composições energéticas e apresentações grandiosas cheias de autenticidade tornando-se quase um Mötley Crüe do estilo que apesar de ter Metal industrial como carro chefe, flerta muitas vezes o metal progressivo e até o Power Metal com elementos sinfônicos, ou seja, algo um tanto quanto incomum de encontrarmos por aí.
Foram quase 9 anos de espera pelo substituto de “The Perfect Cult” (2014) e devo admitir a você caro leitor, que achei que a banda tinha acabado, já que durante esse período todo, agravado pela pandemia, mal ouvimos mais falar do Deathstars. Felizmente, isso não passou de um período sabático, que disse que essa demora foi um descanso dos anos intermináveis de turnês e viagens que deixaram a banda em estafa completa.
Ainda segundo a própria banda “Everything Destroys You” conta histórias vividas por eles mesmos e seus exageros naturais de rock stars e suas agitadas vidas noturnas, o que fica facilmente identificável com o título do álbum. E a Nuclear Blast está apostando alto neste lançamento com nada menos que 2 excelentes clipes de divulgação que você pode assistir abaixo, as excelentes “This Is” e “Midnight Party” que não por acaso foram as escolhidas para abrir o trabalho. Para completar o time das faixas mais acessíveis comercialmente, posso incluir a faixa título que tem um refrão grudento, que chega a lembrar por exemplo, de bandas como o The Sisters of Mercy. Ouça e entenderá o que estou dizendo!
Todas as faixas possuem andamentos similares mesclando partes mais rápidas e/ou lentas, em nenhum momento dos 40 minutos de duração escutaremos algo muito pesado, o que temos é um álbum em que as 10 faixas são do mesmo nível, daquelas que se uma é hit, qualquer outra pode ser. Isso é ruim? Claro que não!
Apesar de pelas minhas palavras, o álbum soar um tanto quanto “mais do mesmo”, é bom ver o Deathstars na ativa após um hiato tão grande. Taí um show que gostaria de assistir ao vivo, tomara que venham ao nosso país. Serão bem recebidos, com certeza!
Mauro Antunes
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