terça-feira, 13 de junho de 2023

FEAR FACTORY - THE MACHINE WILL RISE TOUR 2023 (06/06/2023) - FABRIQUE - SÃO PAULO/SP


FEAR FACTORY - THE MACHINE WILL RISE TOUR 2023
Abertura: Skin Culture
                Korzus
Fabrique - São Paulo/SP
06/06/2023
Produção: Powerline Music & Sounds
Assessoria: Tedesco Mídia

Texto: Mauro Antunes
Fotos: André Tedim (Metal na Lata)

Quem mora em São Paulo ou ao menos conhece a vida cotidiana da cidade, sabe que em dias de semana há o famoso e malfadado rodízio veicular, e o show em referência aconteceu bem no dia do meu rodízio, ou seja, ou chegaria no local as 17hs ou só por volta das 20h30. Para mim, não haveria um plano C. Ou seja, acabei chegando as 17hs no Fabrique Club, o bom disso foi a facilidade que encontrei para achar uma boa vaga de estacionamento sem ter que pagar os super exagerados R$50,00 que o estacionamento ao lado da casa custava. Um absurdo!

Sorte que bem em frente ao Fabrique há vários bares e lá pude passar o tempo sem grandes sacrifícios e esperar as 19h30 para assistir o show do Skin Culture, que abriria a noite de pancadaria que estávamos esperando.

Pontualmente no horário marcado, a banda iniciou a noite. Com quase 20 anos de estrada, o grupo liderado pelo carismático Shucky Miranda desfilou seu som com muito groove e riffs ultra pesados, sendo um ótimo aquecimento feito por uma banda com uma pegada sonora bem similar à banda principal. Pena que o público não respondeu a altura até porque a casa ainda não estava cheia. Em certo momento (antes de “Bring Me Back to Life”), Shucky se emocionou ao falar do colega baixista Gabriel Morata falecido durante a pandemia. Destaque também para o baterista Chris Oliveira, filho de Rodrigo Oliveira (Korzus) que substituiu brilhantemente Rafael Ferreira. Não há como não ter curtido o show, foi ótimo do início ao fim.




Por volta das 20:30hs chegou a vez do Korzus, uma das maiores lendas do nosso Heavy Metal, uma banda acima de qualquer suspeita. Antes do show, tive a oportunidade de encontrar com o vocalista Pompeu do lado de fora, nas famosas barraquinhas de bebidas e comidas diversas e ele como sempre, foi super solícito e educado com os fãs que o abordaram. Na plateia, um dos ícones do Korzus, o ex-guitarrista Silvio Golfetti também marcou presença, além de uma caprichada barraquinha de merchan. No setlist, clássicos “Guilty Silence”, “Raise Your Soul”, “What Are You Looking For” e “Correria” que fechou o show com a tradicional pancadaria que o Korzus faz como poucos. Me impressionou a insana performance do guitarrista Antonio Araújo que mesmo em um pequeno pedaço de palco, agitou muito. Como não poderia deixar de ser, um ‘showzaço’ que já valeu o preço do ingresso!





Mas a banda principal ainda estava por vir. O Fear Factory tem uma considerável legião de fãs em nosso país e quando o show começou por volta das 21h30, a casa estava completamente lotada. A banda iniciou o show com o tema clássico da franquia “O Exterminador do Futuro” e de cara, a pergunta que ficava era: “Será que Milo Silvestro conseguirá substituir a altura o grande Burton C. Bell?”. Confesso que esse era um ponto que me preocupava, mas logo percebi que o cara é muito bom e tem uma presença de palco bem característica. Dino Cazares foi o mais saudado da noite, impressionante seu carisma. Um dos ex-fiéis escudeiros de Max Cavalera, Tony Campos é daquelas figuras ímpares, sempre com cara fechada, nula interação com o público, mas muito bom como baixista.

O setlist foi repleto de clássicos como “Shock” e “Edgecrusher”, ambos vindos de “Obsolete” (1998) já deram o recado que a noite seria de muito agito. Outros hinos dos anos 90 deram as caras como “Martyr”, “Demanufacture”, “Zero Signal”, “Replica”, “Descent” e o encerramento com “Ressurection” foram determinantes para fazer a plateia suar horrores e sair exausta do show. Um momento marcante do show foi quando Dino se referiu a Milo como “O Garanhão Italiano” fazendo referência ao personagem Rocky Balboa, interpretado por Sylvester Stallone, um minuto de descontração e gargalhadas da plateia que valeu a pena.





Eram quase 23h30 quando o show acabou e mesmo com a maratona, tenho a sensação que se a banda ficasse no palco por mais tempo, ninguém arredaria pé e a desgraceira continuaria até a madrugada na cidade que não para nunca. Foi uma grande noite, casa super agradável, ótima para shows desse porte. Agora é esperar o próximo!

Agradecemos ao Erick Tedesco e à Tedesco Mídia pela parceria e credenciamento, ao André Tedim e ao Metal na Lata pelas fotos. In Unin We Stand!

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