PHRENESY - FEARS APOCALYPSE (2023)
Wormholedeath Records - Internacional
Existem diversas frases sobre amigos e amizades, a importância de ter alguém para conversar, tomar uma cerveja e se divertir. No Heavy Metal, ter um amigo é sinônimo de sempre ter alguém dizendo: “Escuta isso aqui”, “Se liga nessa banda” ou “Show desses caras é animal”. Tenho algumas pessoas boas que me dizem isso diariamente.
Em 2017, conheci um grande irmão chamado Victor Augusto, o qual é um ferrenho apoiador da cena de Brasília, então por diversas vezes ouvi as frases ditas acima e histórias da cena underground da nossa capital. Graças a ele, eu conheci o som, mas, também tive a sorte de resenhar e entrevistar bandas como Mofo, Flashover, Fleshpyre, Degola e outras, mas faltava o Phrenesy. Pois bem, agora não mais!
Com duas décadas de estrada nas costas, o Phrenesy pratica um incansável thrash metal rápido, sem chance para se recuperar o fôlego, é riff atrás de riff. A sirene nos primeiros segundos da faixa título, “Fears Apocalypse”, deixa claro que entraremos numa zona perigosa onde uma possível fratura de ossos ou depredação de patrimônio são mais que iminentes.Wendel Aires (vocal), Tiago Teobaldo e Fabricio Rocha (guitarras), Aluisio Lima (baixo) e Josefer Ayres (bateria) literalmente soltaram o freio na banguela, deixando o coro comer em faixas como “Bring It On”,“Fuck The Pain” e “Lost Generation”, uma trinca trituradora de tímpanos tamanha agressividade.
Sem pausas, a música “Mistakes” traz uma sonoridade quebrada que faz você sentir na espinha o instrumental marcante e os berros atordoantes. O ápice do álbum se dá nas músicas “My Hate Is Gonna Speak For Me”, “Vulturus” e “The Truth Is All There”, formidáveis, frenéticas e alucinantes, com aquelas “paradinhas” saudosistas que faz a alegria de todo thrasher old-school.
Para os fãs, a banda é o irmão brasileiro dos germânicos do Tankard. O amor pela cerveja sempre foi algo corriqueiro na vida do Phrenesy. Então, tão certo quanto dois mais dois são quatro, a glorificação do líquido sagrado dá as caras nos últimos atos “The Party Won't Stop” e “War For Beer”, duas cacetadas com ar de festividade, onde é necessário erguer os copos brindando vida longa ao grupo.
Tudo se encaixa em “Fears Apocalypse”. São 10 pedradas cativantes, com produção simples e, ao mesmo tempo, impecável. O Phrenesy deu um grande passo na carreira.
Ouça sem moderação.
William Ribas
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