LUCIFER
Local: Fabrique Club - São Paulo SP
Abertura: Mattilha e GrindHouse Hotel
Texto e fotos: José Henrique Godoy
Local: Fabrique Club - São Paulo SP
Abertura: Mattilha e GrindHouse Hotel
Texto e fotos: José Henrique Godoy
“O primeiro show a gente nunca esquece”. Essa frase “surrupiada” e parafraseada de um antigo comercial de lingerie da TV brasileira serve para a primeira apresentação da banda LUCIFER em território nacional. Liderados pela vocalista alemã Johanna Sadonis, o Lucifer entregou na note do Sábado, 3 de dezembro, uma apresentação empolgante e magistral.
Após as apresentações das boas bandas de abertura MATTILHA e GRINDHOUSE HOTEL, uma projeção com o nome LUCIFER começou a brilhar em vermelho ao fundo do palco, em uma clara referência a apresentação de ELVIS PRESLEY naquele clássico especial de 1968 para a TV americana. Um por um, os integrantes entram no palco e iniciam com a sensacional “Ghosts” do terceiro álbum da banda, para um Fabrique Club já completamente lotado.
Logo nos primeiros instantes, o magnetismo de Johanna toma conta do espetáculo: Beleza, carisma, e a aura de tranquilidade de uma legitima rockstar, digna dos grandes que não aparecem toda a hora (muito menos nos dias de hoje). Os afiados guitarristas Martin Nordin e Linus Björklund não ficam atrás e dão seu brilho a cada nota executada, escoltados por Harald Göthblad, um baixista discreto e coeso. A bateria forte e marcante do músico mais conhecido da banda, Nicke Anderson, ex baterista do Entombed, e guitarrista, vocalista e líder do Hellacopters complementa o time. Nicke quase não se deixa perceber, assumindo um papel de coadjuvante de luxo, e apenas se contém a agradecer e acenar discretamente a cada grito do seu nome
O Lucifer vai despejando petardo após petardo, passeando por toda a discografia e nos presenteando com músicas que são cantadas em uníssono pels presentes. Destaques? Impossível indicar, mas as “preferidas da casa”: “Crucifix (I Burn for You”), “Wild Hearses”, “Leather Demon”, “Mausoleum”, “Cemetery Eyes” e a belíssima balada “Dreamer” tocaram fundo nos incontáveis fãs que estavam extasiados por ver essa fantástica banda pela primeira vez.
O Lucifer é capaz de captar todo o clima setentista, porém com um ar de novidade, onde mescla seu “occult rock” com hard rock, rock clássico, e inclusive algumas passagens doom.
Como tudo que é bom tem que acabar, a banda finaliza o set, agradecem, e fazem a manjada “saída falsa” do palco. Poucos instantes após, retornam e detonam a pesadíssima “California Son” do segundo album e finalizam com “Reaper on your Heels”. A banda se despede e sai do palco, e nos PA S é possível ouvir a canção “ Soundtrack Suite”, de Krzysztof Komeda, mais conhecida como a satânica canção de ninar, trilha sonora da obra prima de Roman Polanski “O bebê de Rosemary”.
Como a própria Johanna Sadonis falou, “O Brasil pediu e nós estamos aqui”. E nós esperamos que a próxima vinda do Lucifer não demore a ocorrer e que seja uma tour para várias cidades. Os “Anjos Caídos” brasileiros vão agradecer e aguardar com ansiedade.
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