segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

BLIND GUARDIAN - 23/11/2023 - BAR OPINIÃO - PORTO ALEGRE/RS


BLIND GUARDIAN
BAR OPINIÃO - PORTO ALEGRE/RS
23/11/2023

Texto: Henrique Lippert 
Fotos: Uillian Vargas


Na última quinta-feira (23), pairava no ar a promessa de uma noite épica. A banda alemã Blind Guardian há 8 anos não pisava em terras gaúchas, e não foi surpresa ver o Opinião absolutamente lotado para este reencontro. Várias gerações estavam presentes, mostrando a força e alcance do grupo ao longo dos seus quase 40 anos de estrada.

"The God Machine" foi uma das grandes surpresas de 2022, sendo o destaque da turnê atual e evidenciando o rejuvenescimento do estilo nas composições poderosas e marcantes. Mantendo a qualidade do que foi feito no estúdio, Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich (guitarra), Marcus Siepen (guitarra) e Frederik Ehmke (bateria) performaram de forma impecável para as 1300 pessoas presentes.

Às 21h em ponto os membros da banda subiram ao palco ao som de “olê, olê, olê, olê, guardian, guardian”; iniciando os trabalhos com a "Imaginations From the Other Side". Após a música, Hansi falou brevemente sobre o longo tempo que não cantava em Porto Alegre e sobre o mais recente trabalho, emendando "Blood of the Elves" logo em seguida. Um clássico por si, "Nightfall" manteve a plateia cantando e cheia de energia. Sem sombra de dúvidas o público foi um dos pontos fortes da noite, participando incansavelmente durante toda a apresentação

Direto do túnel do tempo, “Ashes to Ashes" nos levou de volta ao álbum de 1992 "Somewhere Far Beyond", e “Violent Shadows" nos trouxe de volta ao presente, encerrando uma sequência de hits rápidos e potentes. Convidando para um momento mais calmo, os bardos nos presentearam com "Skalds and Shadows", sobre runas, anéis, reis e traições. A plateia ficou encantada com a suavidade e emoção da obra, marcada tanto na voz quanto nos violões da banda.



Essa fascinação feérica logo deu lugar ao clamor da batalha, quando "Time Stand Still (At the Iron Hill)" avançou sobre o público que cantou alto não só o refrão, acompanhando Hansi durante toda a canção. Sem perder o ânimo, "Secrets of the American Gods" sustentou o nível da entrega. Não passou despercebido o cuidado com os fãs das primeiras fileiras, que receberam água não só da equipe do Opinião, mas também das mãos do próprio Hansi.

"The Bard's Song – In The Forest" arrebatou o público, que tomou o lugar de Kursh e, do início ao fim, entoou esse hino mais do que especial. Foi incrível testemunhar o veterano vocalista, em muitos momentos, só conseguir admirar maravilhado o entusiasmo da plateia apaixonada. As já bem conhecidas "Majesty" e "Traveler In Time" aceleraram o ritmo novamente, sendo sucedidas pelo épico “Sacred World” do disco “At the Edge of Time” (2010).

Com a mesma energia de “The Bard’s Song”, a banda assistiu o Opinião cantar “Lord of the Rings”, que pulou sem parar quando a parte final da música ganhou um tom mais ritmado na bateria. Já pressentindo o final do show, o refrão de “Valhalla” ganhou força entre os fãs. Contudo, fugindo do set list preparado, a banda surpreendeu a todos trazendo “Born in a Mourning Hall” em toda sua velocidade e peso.

Atendendo o pedido dos fãs, “Valhalla” pareceu que não teria fim, e o refrão foi repetido inúmeras vezes mesmo após todos os instrumentos pararem. A bateria retomou o ritmo acompanhando as vozes da plateia e Hansi encaminhou a música para seu fim, já engatilhando a derradeira da noite. “Mirror, Mirror” embalou este presente da banda para a capital gaúcha, que ainda teve energia para interagir e vibrar até a última nota ser tocada.



Com qualidade técnica e execução impecáveis, fica evidente a posição do Blind Guardian como ícone do metal atual. A banda não só consegue manter o nível das composições como também entrega muito em cima do palco, mantendo seu status de referência e profissionalismo.

“The God Machine” é a prova de que o grupo está em excelente forma, e continua a encantar fãs novos e antigos por onde quer que passem. Uma noite para ser lembrada com muito carinho até a próxima passagem deles de novo por aqui. E, por favor, que não demore mais 8 anos para acontecer novamente.



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