IRON SAVIOR
FIRESTAR (2023)
AFM Records - Importado
FIRESTAR (2023)
AFM Records - Importado
Certas bandas entram em nossas vidas de uma forma tão contundente que nossa paixão acaba desmedida e até desproporcional em relação a outras bandas maiores e com mais, digamos, fama. É verdade que lá no final dos anos 90, a indústria musical era outra completamente diferente, ter em mãos um CD original era algo tão valioso quanto um celular ou mesmo um computador ultra moderno. O Iron Savior veio a mim pela presença de um certo senhor chamado Kai Hansen, a banda então conhecida como a banda paralela de uma das cabeças embrionárias do Helloween. Só este fato por si só, fez o Iron Savior ter totalmente a minha atenção naquele período dominado pela Rock Brigade Records e que marcou tantos e tantos headbangers de uma forma indelével e eterna.
Apesar da curta passagem de Hansen pela banda, os lançamentos foram bons o bastante para dar ao Iron Savior uma chance de sobreviver sem ele. Piet Sielck, que na verdade sempre foi o ‘dono da porra toda’ conseguiu levar a banda a patamares incríveis e a banda já está quase chegando a 30 anos de existência.
“Firestar” é o 12º trabalho de inéditas dos alemães, e sem exageros, é um marco fincado nesta respeitável discografia. O disco é tão bom, mas tão bom, que honestamente, me surpreendeu apesar de ser fã da banda desde o seu início como dito anteriormente.
Até a intro “The Titan” é daquelas sem embromação e quando entra “Curse of the Machinery” você logo percebe que Sielck e cia. não vieram para brincadeira. “In the Realm of Heavy Metal” é aquela tipicamente Manowar do grupo, uma celebração ao Heavy Metal, com um refrão poderoso (assista o clipe abaixo). “Demise of the Tyrant” é uma viagem no tempo, com uma levada clássica digna dos clássicos dos anos 90. Outros pontos altos: a faixa título que é a mais rápida do disco, “Through the Fires of Hell” com o melhor refrão do álbum, e “Together as One” que considero a melhor de todas, um Heavy Metal tradicional com mudanças diversas de andamento e que Sielck está com o vocal bem rasgado, e só pra variar, aqui há mais um fantástico refrão.
Apenas “Across the Wastelands” tem um andamento mais digamos, lento, mas não é de jeito nenhum uma balada, ela é apenas mais digamos, light.
Gostaria de poder ouvir as faixas bônus “When the Tanks Are Rolling” e “Heading Out to the Highway” (cover do Judas Priest) porém ambas estão apenas em edições especiais do disco mas imagino que sejam brilhantes como as demais 11 faixas da versão standard.
Rápido, poderoso, insano, um verdadeiro soco na cara capaz de levar fãs de Judas Priest a um delírio surreal. Só não leva nota 10, por não disponibilizar para nosso país a versão completa com 13 faixas (disponível apenas no mercado japonês, como sempre!), mas vale uma nota 9,5 tranquilamente mesmo com esse “detalhe”. Sielck que teve recentes problemas de saúde, tenha forças pra dar uma vida ainda mais longa vida ao Iron Savior que concebeu aqui, seu melhor trabalho desde o clássico “Condition Red” (2002). Caro leitor, ouça alto, muito alto e se surpreenda. Soberbo!
Mauro Antunes
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