INVISIBLE CONTROL - CREATED IN CHAOS (2022)
Xaninho Discos/Voice Music/Rapture Records/Two Beers or Not Two Beers Records - Nacional
Xaninho Discos/Voice Music/Rapture Records/Two Beers or Not Two Beers Records - Nacional
Como novatos no ninho, o Invisible Control chega surpreendendo de forma que eleva logo de cara o patamar do grupo nordestino no nosso riquíssimo underground. Formado há apenas 3 anos em meio ao caos de 2020, a banda simplesmente chuta todas bundas com a bomba atômica, “Created in Chaos”.
O álbum quase que literalmente te faz perder a cabeça com tanta agressividade. Não, você não terá uma nova fórmula de Death Metal melódico, mas, te garanto, que verás faixas cheias de energia, peso e apaixonante, com uma massa sonora do “mal” nos devaneios progressivos.
Para ilustrar, digamos que o Invisible Control tem em seu DNA um pouco de Arch Enemy, Torture Squad, Crypta, Death e Coroner. Mesmo que as influências estejam na mesa, a maturidade fala mais, deixando tudo muito bem dosado.
São 8 faixas, pouco mais de 38 minutos, ou seja, um trabalho rápido de fácil assimilação. A faixa título, abre o tracklist de maneira apreensiva. A sequência tem uma trinca de respeito, “Killing Another One of Us”, “Purgatory” e “Devoures”. Essas são aquelas típicas músicas arrasa quarteirão, brutais com belas harmonias de guitarras gêmeas e gritos, muitos gritos.
“Invisible to You” tem uma boa mescla de “Wages of Sin” e “Doomsday Machine”, álbuns da turma de Michael Amott. “Cold Blood” e “Sons of the Damned” tem como linha de frente os riffs afiados como navalhas prontos para aniquilação.
O encerramento se faz pela monstruosa, “Cursed Be”, faixa que não encontro adjetivos, a única coisa que me vem à cabeça é literalmente sair socando tudo que tenho pela frente. Aliás, o grande mérito é justamente dar ao ouvinte um trabalho que faça ele extravasar, jogar frustrações, raivas e os problemas do dia a dia para longe. Um disco com selo “Reign in Blood” de qualidade, por ser curto, o primeiro nocaute nunca é o suficiente, o repeat é necessário, ou melhor — obrigação!
Parabéns pelo belo início. Daniela Serafim (Vocal), Marco Melo (Guitarra), Dennys Parente (Guitarra), Marcos Flávio (Baixo) e Wagner Campos (Bateria).
A “firma” não permite notas, mas, hoje vou quebrar essa regra: Invisible Control nota 10!
William Ribas
capeta puro !
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