ANGRA
CYCLES OF PAIN TOUR
Abertura: Toffoli, Jeff Scott Soto
12/04/2024
Local: Bar Opinião - Porto Alegre/RS
Produção: Opinião Produtora
CYCLES OF PAIN TOUR
Abertura: Toffoli, Jeff Scott Soto
12/04/2024
Local: Bar Opinião - Porto Alegre/RS
Produção: Opinião Produtora
Texto e Fotos: Henrique Lippert
Nem mesmo a garoa fina que caiu durante o dia desanimou os fãs que aguardavam a abertura dos portões em frente ao Bar Opinião. O Angra voltou à capital gaúcha no último dia 12 de abril para mais uma noite memorável, desta vez com o convidado especial Jeff Scott Soto.
Elevando a régua lá no alto, a Toffoli abriu a noite com muita qualidade. A banda que conta Luiz Toffoli (guitarra), Cássio Marcos (vocal), Douglas Máximo (baixo) e Pedro Tinello (bateria) trouxe um prog de respeito, evidenciando a técnica dos músicos. Tendo feito a abertura do Angra no ano passado, boa parte do público recordou as músicas do "Enigma Garden", e a surpresa veio com as novas composições do álbum que (segundo a banda) em breve será lançado. Entre uma música e outra, os músicos se apresentaram, reforçaram a importância do apoio aos artistas locais e se despediram, mas não antes da clássica foto da banda com o público.
Na sequência, o palco foi organizado com alguns bancos altos, entregando que Jeff Scott Soto e Leo Mancini entrariam em breve. Arriscando algumas palavras em português, o vocalista se mostrou muito à vontade ao entrar no palco com sua dupla e chamar o público pra si. "Livin' the Life" iniciou os trabalhos e, antes de emendar "Mysterious" do Talisman, o frontman expressou sua felicidade ao completar quatro décadas de rock'n roll. Jeff rasgou elogios ao Angra e continuou interagindo bastante com a plateia, embalando com "Alive" do Sons of Apollo.
Enaltecendo o colega Leo Mancini e os mais de 20 anos de parceria, "Eyes of Love" e "Comes Down Like Rain" serviram de ponte para um clássico que fez todos cantarem. "Leo me disse que vocês vão ficar loucos com essa, mas se não ficarem eu vou dar um soco nele!", brincou Jeff antes brindar a noite com "Carry on my Wayward Son", que fez os fãs cantarem alto até o final da música. Ainda com a energia lá em cima a dupla fez um cover de Crazy, do Seal, de dar inveja. "I'll be Waiting" encerrou em grande estilo esse bloco, mantendo o público interagindo e cantando. Ao deixar o palco para a banda principal, Soto falou que tocará na próxima semana (chegando a errar o dia ao confundir sexta com sábado), sendo ovacionado pelos gaúchos enquanto se retirava.
Após uma breve espera, o Angra finalmente subiu ao palco, com Fábio Lione (vocal), Marcelo Barbosa e Rafael Bittencourt (guitarras), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria). De arrancada, "Nothing to Say" animou o público, que recebeu os artistas com gritos e animação. A clássica "Angels Cry" veio logo depois, mantendo a plateia cantando forte, dando sequência a "Newborn Me" "Lisbon".
Trazendo uma composição do álbum mais recente, o grupo traz "Vida Seca", cantada em partes pelo Rafael também. Do mesmo disco, "Dead Man on Display" veio logo após, dando sequência a música homônima ao álbum "Rebirth", onde o público interagiu e cantou com emoção. Não diferente, "Morningstar" do "Temple of Shadows" (2004)mostrou que também tem lugar especial no coração dos fãs. "Time" que começa lentamente e ganha velocidade também foi bem recebida.
Lione, sempre carismático e comunicativo, pergunta se o público está cansado, enquanto brinca ao dar tchau para alguém aleatório do público. Foi a vez de "Cycles of Pain" vir à tona, música do álbum mais recente e que a plateia cantou junto até o final. Esperamos um momento até que os bancos voltaram ao palco, enquanto Rafael se desculpava com os fãs por ter esquecido de trazer o violão. Acontece, não é mesmo? "Tudo resolvido, O Leo Macnini me emprestou o seu", disse Bittencourt logo após. Sendo um instrumento de 12 cordas, "Silent Call" foi improvisada na hora abrindo caminho pra dobradinha acústica. Homenageando brevemente André Matos, Rafael chama de volta ao palco Lione para cantar "Make Believe".
Em um crescendo constante, a banda inteira voltou para o último bloco da noite, trazendo a incrível "Ride into the Storm", sendo procedida pela "Silence and Distance", outra do Holy Land (1996). Logo depois de confessar ao público que gosta muito de baladas, o "Mago" Lione emplacou outra, e "Bleeding Heart" emocionou o Opinião. Com "Tides of Change - Part I e II", Soto voltou ao palco para somar sua voz à do Fábio, embalando com a "The Show Must Go On" em tributo ao "Queen".
Na reta final, o "bis" ficou por conta de "Carry On" e "Nova Era", que nunca decepcionam e fazem o público gastar toda energia restante. Impossível não falar da qualidade de todos que passaram pelo palco na noite, desde a banda de abertura até o encerramento. Angra está em um ótimo momento, com os músicos entrosados e presenteando todos com um setlist que passeia pela sua trajetória de sucessos. E que venham mais presentes como esse para os gaúchos, sempre ansiosos para recepcionar de braços abertos músicos incríveis e convidados especiais.
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