ATROPHY - ASYLUM (2024)

 

ATROPHY
ASYLUM
Massacre Records - Importado

2024 parece que será um bom ano para volta de algumas bandas “antigas”, bem como outras bandas mais “novas” as origens do maravilhoso e amado Thrash Old School. Falando nisso, a veterana banda americana Atrophy, lançou após um “pequeno hiato” de trinta e quatro anos, um dos melhores discos que que você vai ouvir em 2024, com certeza absoluta!

Mesmo com mais de trinta anos desde o último full-length, o petardo "Violent by Nature" (1990), o Atrophy mostra em “Asylum” que não se esqueceram de como fazer um som.

Asylum começa com "Punishment For All" em um ataque de thrash avassalador para mostrar ao ouvinte a que veio a banda, com riffs rápidos e técnicos acompanhados de uma cozinha que eleva ainda mais peso da música de abertura. Seguindo a mesma pegada “High Anxiety” começa com um riff que parece uma metralhadora e a bateria acompanhando com bumbo duplo onde esse som não tem intensão nenhuma de fazer o ouvinte parar de agitar. “Seeds of Tomorrow” tem um riff com uma pegada “Bay Area” interessante e a quebradeira continua sem dó, nem piedade dos pescoços do ouvinte.

“Distortion” inicia com um riff que remete àqueles sons do Slayer mais cadenciados dos anos 80 para logo em seguida Brian Zimmerman entrar com seu vocal raivoso e furioso. Essa é um dos grandes destaques do álbum, justamente pela sua levada mais densa, arrastada e groovada. Faixas como "Bleeding Out" e “American Dream” continuam com aquela chuva de riffs matadores, fazendo com que o ouvinte não fique parado um instante sequer. Em “Close My Eyes” temos um início que parece ser uma música mais calma, com Brian iniciando em uma voz em falsete, mas que logo fica de lado para a banda entrar destruindo tudo novamente, com um som mais cadenciado em sua maior parte e mais acelerado no fim. “The Apostle” e “Five Minutes ‘Til Suicide” fecham a tampa do caixão com maestria, pois ao final da audição o ouvinte deve estar (ou deveria) exausto de tanto baguear tamanha devastação que é este álbum.

E para fechar, mesmo com algumas repetições em alguns momentos, não tira o brilho do álbum, até por ser uma volta de uma banda que ficou tanto tempo fora dos estúdios. Um lançamento muito digno da discografia da banda (apesar de curta). Este retorno avassalador do Atrophy pode mudar o rumo da banda (e espero que mude), para que não fiquem mais 34 anos sem lançar nada. Os verdadeiros Headbangers irão agradecer por isso.

Ouça pra ontem, este que, irá figurar na lista melhores do ano de muito banger por aí, inclusive para este que vos escreve (olha o spoiler haha!). Keep Metal and Bang Your Head!! Cheers \m/

Fernando Aguiar