segunda-feira, 8 de abril de 2024

LYNCH MOB - BABYLON (2023)

 

LYNCH MOB
BABYLON
Shinigami Records/ Frontiers Music - Nacional

O nome de George Lynch não é nenhuma novidade para os fãs de Hard Rock espalhados pelo mundo. O guitar-hero foi a força principal da banda Dokken nos anos 80, e dentre tantos guitarristas virtuosos da época, Lynch se destacou por seus riffs vigorosos, solos criativos e melodias cativantes, que atendiam tanto ao público “Hard/Heavy” como aos ouvintes das Rádios FM e telespectadores da saudosa MTV na época.

Após a separação do Dokken em 1989, Lynch não perdeu tempo e formou o Lynch Mob com seu ex-parceiro de Dokken, o baterista Mick Brown, o baixista Anthony Esposito e o ótimo vocalista Oni Logan. A banda lançou “Wicked Sensation” em 1990 e o álbum foi muito bem recebido, sendo considerado até hoje uma obra-prima do estilo.

Três décadas depois, incontáveis mudanças de formação e aqui temos o lançamento de “Babylon”, o oitavo disco de estúdio do Lynch Mob. A formação da banda conta com o baterista Jimmy D´Anda (Bulletboys), o baixista Jaron Giulino (Heavens Edge) e o vocalista porto-riquenho Gabriel Colón (Culprit e Savage Grace).

Não é necessário falar novamente das habilidades de Lynch como guitarrista e é louvável que aqui neste trabalho, George parece querer voltar um pouco as raízes, e logo nas duas ou três primeiras faixas, é possível verificar que o vocalista Gabriel Colón casou perfeitamente as composições de Lynch. Seu timbre vocal é mais ríspido e agressivo que Oni Logan, mas faz uma boa parceria com as guitarras de Lynch.

O que me incomodou um pouco em “Babylon” é a similaridade entre as faixas, algumas parecendo inclusive interligadas, e se você não prestar bem a atenção, podem parecer que são continuações umas das outras. De qualquer forma temos destaques aqui, como a faixa de abertura “Erase”, um riff totalmente “George-Lynchiano”, “Caughts Up” cheia de groove, e enquanto “I'm Ready” é entregue com toda a sua influência do Van Halen, "Million Miles Away" é uma bonita balada. Já a faixa título , “Babylon”, fecha o álbum com seus (desnecessários) oito minutos de duração.

Enfim, seria quase impossível desejar que “Babylon” fosse um “Wicked Sensation 2”, porém ele poderia ser um trabalho mais forte e ao meu ver menos “preguiçoso”. De qualquer forma é um álbum que vai agradar os fãs do Lynch Mob e aos menos exigentes fãs de Hard Rock.

José Henrique Godoy




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