JINJER
DUÉL
Vahall Music/ Napalm Records - Nacional
DUÉL
Vahall Music/ Napalm Records - Nacional
Após consolidar sua posição como um dos grandes nomes da atualidade, JINJER retorna com “Duél”, seu quinto álbum de estúdio. O trabalho reafirma a identidade única da banda ucraniana, entregando uma experiência sonora que combina complexidade, intensidade emocional e uma sonoridade ousada que desafia as convenções do heavy metal. Inclusive , logo de cara, a primeira percepção após finalizar a audição, é como o quarteto soa cada vez mais confiante —equilibrando brutalidade e melodia, se tornando ímpar a cada novo capítulo.
A parceria com o produtor Max Morton continua sendo essencial para o som do grupo, proporcionando uma mixagem cristalina e explosiva. Cada nota dentro do álbum é um testemunho da habilidade instrumental da banda, com riffs pesados, mudanças de tempo, dinâmicas e a impressionante versatilidade vocal de Tatiana Shmayluk, que alterna guturais ferozes e vocais limpos com maestria, enquanto Eugene Abdukhanov (Baixista), Roman Ibramkhalilov (Guitarra) e Vlad Ulasevich (Bateria) sustentam a energia visceral do álbum.
A abertura com “Tantrum”, é assustadora. Uma explosão que estabelece o tom do disco. A faixa combina agressividade e complexidade, criando uma certa introdução para a envolvente e impactante, “Hedonist”. Que segue com um peso avassalador, explorando temas de indulgência e prazer, com riffs intensos e as variações incríveis de Tatiana.
Já em “Rogue”, o grupo traz uma estrutura dinâmica, cheia de “quebras” de andamento e atmosferas densas, enquanto “Tumbleweed” oferece mais melodias, mas, sem perder a força característica do Jinjer. “Green Serpent” e “Kafka” mergulham em águas mais sombrias, trazendo um instrumental bastante técnicos. Ambas as faixas evidenciam a maturidade sonora que chegaram neste novo álbum. A intensidade volta com “Dark Bile” e “Fast Draw”, duas músicas cheias de adrenalina. “Someone’s Daughter” traz uma abordagem lírica mais profunda, abordando temas de identidade e pertencimento, enquanto “A Tongue So Sly” se destaca por seu jeito cativantes e instrumental intricado.
O grand finale, a faixa-título. Posso dizer que ela encapsula toda a essência do disco —riffs intrincados, grooves pesados e mudanças de andamento inesperadas. Sua estrutura épica, alternando entre calmaria e tempestade “brutal” faz a música se tornar um dos momentos mais memoráveis, encerrando a jornada com maestria — mostrando que o Jinjer não apenas segue tendências, mas as cria.
“Duél”, é uma demonstração de como se reinventar sem perder sua identidade e domínio técnico, oferecendo um equilíbrio perfeito, reafirmando o espírito visionário do Jinjer.
William Ribas
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