quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

DGM - ENDLESS (2024)

 


DGM
ENDLESS
Shinigami Records/ Frontiers Music srl - Nacional

O Metal Progressivo, não é novidade para ninguém, não é um dos meus gêneros musicais favoritos. No entanto, volta e meia, acaba caindo em minhas mãos trabalhos do estilo e, como profissional que sou, procuro ouvir seu meus pré-conceitos já estabelecidos em relação ao estilo, e foi exatamente isso que fiz ao ouvir ENDLESS, o décimo segundo e mais recente trabalho da banda italiana de metal progressivo DGM, que mais uma vez entrega um álbum repleto de técnica, peso e melodia na medida certa. Combinando riffs marcantes, refrãos cativantes e instrumentação de alto nível, o disco mantém a tradição da banda de lançar trabalhos consistentes e envolventes. O lançamento nacional foi feito pela parceria Shinigami Records/Frontiers Music.

Mark Basile (vocal), Simone Mularoni (guitarra), Andrea Arcangeli (baixo), Emanuele Casali (teclados) e Fabio Costantino (bateria) capricharam numa produção cristalina, como todo bom álbum do estilo, permitindo que cada instrumento brilhe sem sobrecarregar a mixagem. A guitarra é um destaque absoluto, alternando entre riffs mais agressivos e solos incrivelmente melódicos. A bateria de imprime uma base sólida e variada, enquanto o vocalista de Mark Basile entrega interpretações fortes e emocionantes, com linhas melódicas que grudam na mente. De forma conceitual, "Endless" narra a jornada imaginativa de um homem para entender as escolhas que moldaram sua vida. Por meio de uma narrativa dinâmica, o álbum explora a eterna questão: "Como a minha vida seria se eu tivesse seguido por outro caminho?"

O álbum começa de forma bastante intensa com "Promises", que inicia de forma amena, acústica, mas se volta para um prog metal de respeito. onde o grupo mostra versatilidade e uma pegada bem pessoal, o que fica mais identificado pela voz de Mark Basile. O trabalho se mantém numa constante ao longo de sua execução, mas algumas faixas acabam tendo um maior destaque, como "The Wake", que traz linhas bem intrincadas, com variações e muita criatividade por parte dos músicos, ainda que em determinados momentos, soe um pouco autoindulgente, "From Ashes", com uma pegada mais vibrante, trazendo elementos épicos e bem diversificados e ainda a faixa que encerra o álbum, a longa (com mais de 14 minutos) "... Of Endless Echoes", onde os músicos demonstram toda sua técnica sem esquecer que a musicalidade deve SEMPRE falar mais alto. 

Como disse no início dessa resenha, o prog metal não é um dos meus estilos preferidos. Muitas vezes, acabo por min ha própria culpa, deixando passar bandas e álbuns que tem algo mais a oferecer além daqueles momentos que alguns artistas acreditam que nasceram com o dom divino de mostrar toda sua técnica ao mundo, sem que o mundo precise saber disso. Por sorte, o DGM se mostra muito mais preocupado com melodias, harmonias e classe do que a maioria das bandas do estilo. Por isso, ENDLESS reafirma o grupo como um dos  mais sólidos e subestimados do gênero. Combinando técnica e emoção, o álbum tem tudo para agradar tanto aos fãs de longa data quanto aos que estão descobrindo a banda agora, como este que vos escreve. Se você curte Symphony X, Evergrey e afins esse disco é uma audição obrigatória.

Sergiomar Menezes





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