terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

HAMMERFALL - INFECTED (2011 - RELANÇAMENTO 2024)

 


HAMMERFALL
INFECTED
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

Lançado em 2011, INFECTED, o oitavo álbum de estúdio do HAMMERFALL, é um dos momentos mais controversos e polêmicos da carreira do grupo sueco. Consagrado por praticar um heavy metal mais voltado para o lado do power/tradicional, o quinteto decidiu fazer uma mudança até certo ponto radical: abandonou Hector (o cavaleiro presente em todas as capas do grupo até aqui) e investiu numa sonoridade mais obscura, densa e com pitadas mais modernas e atuais. Talvez pela produção, talvez pela busca de uma nova identidade, o fato é que o trabalho, que tem seu relançamento por aqui pela parceria Shinigami Records/Nuclear Blast, é bastante irregular, alternando bons momentos (coincidência ou não, são aqueles que mais mantém as características do grupo) com outros de menor brilho e qualidade.

Joacim Cans (vocal), Oscar Dronjak (guitarra), Pontus Norgren (guitarra, em seu segundo trabalho com a banda), Fredrik Larsson (baixo) e Anders Johansson (bateria) decidiram mudar de ares na produção e recrutaram James Michael, produtor norte americano (Sixx A.M.) e por consequência, assumiram o risco por tal empreitada. Desde a capa, como já citado anteriormente, que nos remete a uma atmosfera que foge totalmente aos padrões do grupo, lembrando de certa forma, a banda do produtor do álbum, INFECTED carrega consigo o peso de tentar modernizar o som do HAMMERFALL, que abem da verdade, vinha soando bastante repetitivo. Deu certo? Bom... Aí é questão, literalmente, de opinião...

Como pontos positivos do álbum podemos citar "Patient Zero", faixa de abertura que é uma das mais diferentes da carreira da banda, com uma introdução atmosférica e um riff pesado que remete ao metal tradicional, dando o tom sombrio do álbum. E po falar em diefrente, "Bang Your Head", é uma composição mais direta, com refrão marcante e uma pegada mais hard rock, claramente influenciado pela produção moderna, com a provável influência de James Michael. Já "666 – The Enemy Within" é um dos momentos mais épicos do álbum, trazendo de volta o lado mais teatral e grandioso da banda, com a pegada mais t´pica do quinteto. E por falar em "tipicidade", "Immortalized" também merece citação, sendo uma das músicas mais rápidas e vibrantes do álbum, com uma pegada mais tradicional do power metal.

INFECTED é um álbum que divide opiniões. Mas tenho certeza que a maioria absoluta dos fãs, ou mesmo daqueles que apreciavam os trabalhos do grupo voltados ao metal tradicional, não curtiram essa tentativa de mudança. Tanto que a própria banda decidiu voltar ao estilo que a consagrou no trabalho vindouro. No entanto, acredito que este álbum foi uma espécie de necessidade para o grupo, pois ainda que mantivesse sua capacidade nos trabalhos anteriores, a chama vinha perdendo intensidade. O HAMMERFALL, após esse álbum, mostrou que podia se reinventar sem precisar mudar suas características.

Sergiomar Menezes




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