BATTLE BEAST
UNHOLY SAVIOR
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional
UNHOLY SAVIOR
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional
O Battle Beast é uma banda que podemos dizer que já nasceu grande. Em 2011, seu álbum de estreia, “Steel” alcançou expressiva repercussão e não por acaso, assinaram contrato com uma gravadora do porte da Nuclear Blast onde permanecem até hoje.
Pra quem não os conhece, imagine uma banda como Sabaton e Powerwolf, por exemplo, com vocal feminino. Pois é, essa é a proposta musical do Battle Beast, algo não tão comum pelas bandas de Power Metal mundo afora, talvez isto faça-os soar de forma ímpar. Não que seja algo diferente, mas o vocal é tão marcante, que fica impossível não destaca-los, para o bem ou para o mal.
“Unholy Savior” foi o terceiro trabalho de estúdio e ficou mais do que evidenciada a evolução musical que o Battle Beast apresentou aqui em relação aos trabalhos anteriores. Ouça por exemplo, a faixa de abertura, “Lionheart”, um misto de Sabaton, com Helloween, que além da marcante voz de Noora Louhimo, tem uma levada de bateria que me fez lembrar os mestres alemães. Muito legal de se ouvir.
A faixa título e “Madness” exploram um lado mais comercial, com interessantes backing vocals, porém o lado mais Heavy Metal é deixado um pouco de lado. A melhor de todas atende pelo nome de “Speed and Danger”, essa sim, um Metal de responsa, que fará os fãs de bandas como Sabaton e Powerwolf sorrirem de orelha a orelha. O trabalho de guitarras nesta faixa em particular me deixou espantado, e seu executor, Anton Kabanen, fundou posteriormente o Beast in Black, mas este não é o assunto aqui neste momento.
Outro momento de destaque é “Far Far Away”, que tem uma levada simples com muita melodia e os backing vocals dão um tom levemente épico a faixa. O encerramento com “Angel Cry” poderia estar em qualquer álbum do Nightwish por exemplo, ou seja, apesar de ser um trabalho mais voltado ao Power Metal, a banda procura explorar outras vertentes e deixar seu trabalho mais acessível.
No geral, é um disco agradável de se ouvir, com momentos realmente bons e outros descartáveis. Em tempos onde o material físico das bandas está cada mais um desuso, vale destacar a arte gráfica e a capa uma das mais bonitas que já vi.
O headbanger que não curte muito a proposta do vocal feminino deve passar longe. Mas é inegável que a banda tem seus méritos e até este momento, ainda buscava seus horizontes musicais, e se encontraram ou não, eles próprios quem deverão nos dizer. Se fosse dar uma nota de 0 a 10, daria um 7,5. Que é bom, isso é!
Mauro Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário