MACERATION
SERPENT DEVOURMENT
Emanzipation Productions/ Target Group - Importado
SERPENT DEVOURMENT
Emanzipation Productions/ Target Group - Importado
O Maceration retorna com força total em seu terceiro álbum, “Serpent Devourment”. Após o bem-sucedido “It Never Ends...” de 2022, que marcou o retorno da banda após três décadas de silêncio, o novo trabalho mostra que o grupo pretende recuperar “o tempo perdido” e solidificar sua posição dentro da cena, mostrando muita brutalidade, complexidade e velocidade.
A proposta sonora segue um misto daquele "old school" de seu primeiro disco de estúdio, “A Serenade of Agony”, de 1992, com a mistura de melodias cativantes e mixagem cristalina das produções mais atuais, mas, o amigo leitor e fã do estilo pode ficar tranquilo, a agressividade nada se perdeu nessa escolha, muito pelo contrário — a produção deixou tudo bem impactante e à frente, fazem os tímpanos jorraren sangue durante os 39 minutos de audição.
Faixas como "The Den of Misery" e "A Corrosive Heart Fell Below" destacam-se pela agressividade e complexidade rítmica, enquanto "Where Leeches Thrive" apresenta uma abordagem mais cadenciada, com riffs pesados e atmosféricos. Em “Suffering”, a banda literalmente pisa fundo na velocidade. Os urros de Jan Bergmann Jepsen contribuem para tornar tudo bem caótico, e algo que vale destacar sobre o vocalista é sua versatilidade, passeando também por momentos mais rasgados e densos nas músicas.
“Emptiness Embraced” traz o equilíbrio necessário para o ouvinte respirar; o peso do instrumental carrega uma certa dose de passagens mais arrastadas, algo que também pode ser ouvido em “When Torment Befell My Pain” e “In Riot Unleashed”, proporcionando uma experiência equilibrada dentro da agressividade ímpar do Maceration. A dupla final “Revolt The Tyrant Dream” e “For The End Alone” fecha o tracklist com chave de ouro.
Ambas as faixas são impiedosas, com agressividade até o talo, deixando claro que se você não tinha perdido a cabeça antes, é agora que ela será “arrancada” da forma mais brutal possível.
“Serpent Devourment” não busca reinventar “a roda”, mas entrega uma execução impecável — repleto de riffs esmagadores, clima sufocante e com blast beats devastadores. Criando um ataque sonoro em um álbum que certamente se destacará como um dos lançamentos de death metal mais fortes de 2025.
William Ribas
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