HAMMERFALL - THRESHOLD (2006/2025) - RELANÇAMENTO

 

HAMMERFALL
THRESHOLD
Shinigami Records/ Nyclear Blast - Nacional

Sexto álbum de estúdio do HAMMERFALL, THRESHOLD é um trabalho superior ao seu antecessor, Chapter V - Unbent, Umbowed, Unbroken (2005), e traz consigo músicas bem impactantes e outras que não acrescentam muito à vitoriosa carreira do quinteto sueco. Apostando na fórmula que estava dando certo, mas já dava mostras que estava perdendo força, o trabalho carrega muito mais semelhança ao excelente Crimson Thunder (2002) do que ao seu já citado antecessor. Dito isso, Oscar Dronjak, Joacim Cans e cia conseguiram manter a sonoridade característica do grupo, seguindo a fórmula bem-sucedida de riffs marcantes, vocais poderosos e melodias épicas, fazendo com que o nome da banda se mantivesse forte dentro do cenário metálico mundial.

Os já citados Joacim Cans (vocal) e Oscar Dronjak (guitarra), ao lado se seus companheiros Stefan Elmgren (guitarra), Magnus Rósen (baixo) e Anders Johansson (bateria), os quais, na opinião deste que vos escreve, formaram o melhor line up da banda, trouxeram a atmosfera do power/heavy metal com força nesse álbum, principalmente com destaque para performance de Joacim Cans nos vocais, entregando interpretações vibrantes e emocionantes. A produção do álbum, a cargo de Charlie Bauerfeind, também merece destaque, garantindo um som limpo e bem equilibrado, onde cada instrumento se sobressai com clareza.

A faixa título abre o álbum de forma magistral, definido bem o tom do disco: guitarras velozes, refrão grudento e uma atmosfera épica. Pesada e com aquela pegada "tipicamente Hammerfall", é uma abertura digna de um trabalho desse nível. Assim como a seguinte, "The Fire Burns Forever", uma composição que é a cara do grupo, com uma levada power/heavy e uma linha vocal bem característica de Cans. Na sequência "Rebel Inside", cadenciada, pesada e intensa antecede "Natural High", a melhor faixa do álbum. Um hino do power metal que combina velocidade, um refrão envolvente e solos inspirados, com aquelas paradinhas tão vivas na sonoridade dos suecos. Eu poderia afirmar que as quatro primeiras faixas já valem o disco, mas seria injusto não citar "Shadow Empire", com aquele riff galopante e baixo/bateria em perfeita sintonia, a instrumental "Reign of the Hammer" e a pesada "titan" que encerra o disco.

Apesar de não reinventar a roda e nem a sonoridade do HAMMERFALL, THRESHOLD reafirma a identidade da banda e entrega exatamente o que os fãs esperam: faixas poderosas, guitarras afiadas e climas épicos. Para os fãs do power/heavymetal tradicional, este álbum, que ganha seu relançamento pela parceria Shinigami Records/Nuclear Blast,  é um prato cheio, mantendo o padrão de qualidade que consagrou o grupo como um dos grandes nomes do gênero.

Sergiomar Menezes