OS 20 ANOS DE DEATH ON THE ROAD DO IRON MAIDEN
É fato que a donzela de ferro é unanimidade entre os headbangers de qualquer geração. Seja por seus soberbos discos clássicos, capas magníficas, sobretudo pela parceria com Derek Riggs, seja por sua história sempre constante em apresentar novos discos de qualidade. Também é notável a quantidade de discos ao vivo em sua extensa discografia, somando muito na carreira dos ingleses de mesma forma.
O nono disco ao vivo da banda, Death on the Road, completou vinte anos agora dia 29 de agosto de 2025, e parece que foi ontem que isso se deu. O álbum decorre da turnê do álbum “Dance of Death”, e foi gravado na Alemanha em novembro de 2003, em uma Westfallenhallen Arena lotada em Dortmund. E deveria estar quente a beça por lá, porque a coisa foi linda mais uma vez.
A performance de Harris e seus soldados ingleses mesclou músicas do recém lançado álbum na época já mencionado, com as já consagradas da donzela como é de tradicional modo. Uma abertura com “Wildest Dreams” seguida de “Wrathchild”, “Can I Play with Madness” entre outros clássicos encontram com naturalidade novos sons como “Rainmaker”, “Paschendale” e “No More Lies” contando com uma pegada afiada e vontade de conquistar o mundo outra vez. Eles ganham o jogo em definitivo em lindas versões de “Hallowed be Thy Name”, “Fear of the Dark”, o hino “Iron Maiden” como não poderia ser diferente, e culmina na trinca de excelente bom gosto de “Journeyman” com sua pegada mais “acústica” e as definitivas “ The Number of the Beast” e “ Run to the Hills”.
Eu lembro da época que o disco chegou até nós e das comparações que isso ocorreu, como a performance mais aquém de Bruce Dickinson e certas partes mais pontuais que podem ter sido menores por parte de lord Nicko McBrain, mas a aceitação foi massiva entre os mais novos fãs de heavy metal e também agradou os órfãos da frutífera “World Slavery Tour”, na fase mágica da banda.
A bolacha contou com a produção de Kevin Shirley e o boss Steve Harris, saindo pela EMI, e aqueceu os tambores para o vindouro “A Matter of Life and Death”(2006), e foi dedicado a memória de um amigo de longa data de Steve Harris, Manu da Silva. A capa sombria retratando Eddie em um comboio é de autoria de Melvyn Grant.
Ao longo de vinte anos passados, posso dizer com propriedade que não tem comparação com outros grandes momentos ao vivo como em “Maiden Japan“ (81), “Live at Donnington” (88), o soberbo “Rock in Rio” (02) e muitíssimo menos com um dos maiores ao vivo da história , o grande “Live After Death” (85), mas tem obviamente um lugar de respeito na discografia do Maiden, pois evidencia uma banda ativa e cheia de gás nos palcos como de costume, amor e tradição. A banda nunca decepcionou ao vivo, e coube ao tempo ratificar isso.
Válido com certeza, principalmente com a versão tripla em dvd que foi um presente aos fãs lançado no ano seguinte, em 2006.
Gustavo Jardim
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