quinta-feira, 25 de setembro de 2025

BELPHEGOR - BLOOD MAGICK NECROMANCE (2011/2025 - RELANÇAMENTO)


 

BELPHEGOR
BLOOD MAGICK NECROMANCE
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

Os demônios austríacos do Belphegor emplacaram em seu nono opus no longínquo ano de 2011, o maléfico Blood Magick Necromance, um trabalho que superou expectativas e acrescentou novas nuances ao som das senhorias do gênero Black/Death Metal.

Relançamento exclusivo da parceria Nuclear Blast e Shinigami Records no Brasil, o disco nos traz oito faixas que incorporam facilmente elementos mais intrínsecos, até ritualísticos, no que se refere a temática do grupo, um satanismo com elementos de sadismo, submissão e violência.

Produzido pelo mestre Peter Tagtren em seu Abyss Studios, apresentou uma sonoridade cristalina e muito bem trampada, traduzindo a evolução do momento criativo da dupla Helmuth Lehner (guitarras, vocal) e Serpenth (baixo) e também contando com participações adicionais em estúdio, como Sebastian Lanser (teclados) e Martin Jovanovic (bateria), bem como em backing vocals e outros elementos como arranjos.

Sobre as faixas, podemos perceber que logo de cara na abertura com “In Blood - Devour this Sanctity” a agressividade tanto nas partes mais cadenciadas com bumbos intensos como nos Blast Beats, é imperativa, já se tornando destaque de pronto. “Rise to Fall and Fall to Rise”, um pouco mais cadenciada traz arranjos impressionantes mesclado com antigos elementos da proposta dos caras, assim como na também destaque faixa título, “Blood Magick Necromance“, contando com backing vocals fantasmagóricos de Rachael “Hécate“ Kozak em contraponto com o vocal principal.

“Discipline Through Punishment“ traz elementos mais cadenciados e um refrão forte, com melodias certeiras, enquanto a matadora “Angeli Mortis De Profundis” se encarrega de ser uma das mais agressivas, com Blast Beats e riffs insanos. “Impaled Upon the Tongue of Sathan”, outro grande destaque, ganhou produção em vídeo clipe (assim como também em “In Blood- Devour this Sanctity“), este recheado de sangue e nudez, e elementos mais diretos, digamos assim, em sua sonoridade. “Possessed Burning Eyes” e “Sado Messiah” fecham em alto nível, sendo essa última mais veloz e caótica.

A capa, de autoria de Joachim Luetke assim como a arte como um todo de Helmuth Wolech abordam e evidenciam a aura da proposta, já mencionada, de forma doentia e bem resumida. Um grande disco que trouxe a banda ao Brasil com shows inclusive em Porto Alegre, onde eu mesmo pude presenciar que a arte dos caras transcende ao estúdio e soa de forma intensa e honesta.

Gustavo Jardim



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