SYMPHONY X
ICONOCLAST
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
ICONOCLAST
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
O Symphony X sempre foi sinônimo de virtuosismo aliado ao peso, mas em Iconoclast a banda mergulha fundo em sua face mais sombria e agressiva. Originalmente lançado em 2011 e agora relançado no Brasil pela Shinigami Records, o oitavo trabalho de estúdio do grupo amplia o caminho iniciado em “Paradise Lost” e apresenta um conceito que dialoga diretamente com o nosso tempo: a ascensão das máquinas e a submissão da sociedade à tecnologia. Longe de ser apenas mais um disco de metal progressivo, o que temos são 12 músicas que carregam uma enorme carga dramática — a dor da “desumanização”.
A faixa-título abre o álbum como uma verdadeira muralha sonora, impondo de imediato a grandiosidade e a densidade do trabalho. Em seguida, explosões como “The End of Innocence”, “Bastards of the Machine”, “Prometheus (I Am Alive)” e “Dehumanized” mostram o Symphony X em fúria criativa, o caos organizado. Já em “When All Is Lost” temos uma face mais emocional, uma balada épica que traz o melhor do metal progressivo, lembrando os dias mais melódicos e criando um contraste essencial diante de tanta “raiva”.
Por fugir do óbvio, por deixar o passado no “passado”, Iconoclast recebeu críticas, mas, após todos esses anos, como alguém em sã consciência pode reclamar de músicas como “Light Up the Night” e “The Lords of Chaos”? Guiadas por guitarras afiadas, carregam um peso descomunal, dentro de um instrumental que te convida para “bater cabeça”. Ao final de "Reign in Madness", você entende por que este trabalho é um dos álbuns mais ousados e desafiadores da carreira do Symphony X, onde cada músico tem espaço para mostrar sua força. É pesado, técnico, atmosférico e atual, mesmo mais de uma década após seu lançamento original.
William Ribas
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