sexta-feira, 12 de setembro de 2025

ELUVEITIE – ÀNV (2025)

 


ELUVEITIE 
ÀNV
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

ÀNV é o nono álbum de estúdio dos suíços do ELUVEITIE e marca o retorno da banda após seis anos sem um trabalho de inéditas. O disco equilibra o death metal melódico com elementos folk celtas, usando instrumentos peculiares em sua proposta, entre eles o violino e whistles, sem soar apenas decorativo. A produção é limpa e moderna, garantindo espaço tanto para a agressividade das guitarras quanto para as passagens acústicas. E a Shinigami Records em mais uma parceria Nuclear Blast, disponibiliza no país esse trabalho.

Formado por Chrigel Glanzmann (vocais, flautas, mandola, gaitas de foles, bodhran), Fabienne Erni (vocais, harpa celta, mandola),  Alain Ackermann (bateria), Rafael Salzmann (guitarras),  Jonas Wolf (guitarras), Kay Brem (baixo) Matteo Sisti (flautas, gaitas de foles, mandola) e Lea-Sophie Fischer (violino). Liricamente, o álbum mostra em palavras e mitos ancestrais, refletindo sobre espiritualidade, unidade e a relação entre passado e presente. Embora não traga grandes surpresas em relação à fórmula já consolidada pela banda, “Ànv” entrega um material sólido e coeso, reafirmando o Eluveitie como um dos principais nomes do folk metal moderno.

Entre os destaques estão “Taranoías”, uma faixa que mostra força, “The Prodigal Ones”, que sintetiza bem a proposta do disco, e “Awen”, faixa com atmosfera mais mística. Já “All Is One” cumpre o papel de balada, se assim podemos dizer, oferecendo um descanso em meio ao andamento do trabalho. A alternância entre os vocais guturais de Chrigel Glanzmann e os limpos de Fabienne Erni continua sendo um dos trunfos do grupo.

De forma geral, ÁNV não revoluciona a discografia, e acredito que essa não era a intenção do grupo, mas mostra consistência e maturidade. É um álbum que pode não conquistar novos públicos em massa, mas certamente agradará aos fãs de longa data e reforça a relevância do ELUVEITIE em um gênero onde poucos conseguem manter sua identidade.

Sergiomar Menezes




Nenhum comentário:

Postar um comentário