terça-feira, 29 de abril de 2025

BILLY IDOL - DREAM INTO IT (2025)

 


BILLY IDOL
DREAM INTO IT
Dark Horse Records - Importado

Billy Idol, o primeiro “traidor do movimento”, pode dizer aquele punk rocker mais radical a que vem acompanhando o movimento desde seu “boom” mundial, por volta do longínquo ano de 1977. Mas calma, sossega o seu moicano, amigo punk. Billy Idol sempre deu sinais de sua busca pelo “mainstream”.

Enquanto seus colegas de classe como o The Clash declaravam não gostar de The Beatles, Stones, e outros, Billy Idol ao contrário, através das letras da sua banda Generation X, proclamava amor a estes e outros tantos artistas gigantes, e remava na direção contrária do “faça você mesmo”.

Onze anos após o seu último trabalho, elenos entrega “Dream Into It”, e logo na primeira audição, o sentimento de frustração me tomou conta, não por ser um fã de carteirinha do senhor Idol, mas desde a década de 1980, aprecio o seu trabalho, muito pelo que produziu o fantástico e monstruoso guitarrista Steve Stevens. Mas ao ouvir as duas primeiras faixas, onde está o Steve Stevens?

Ao invés de riffs fortes, temos camadas de sintetizadores pra lá de insossas, melodias pra fazer a alegria de autores de filmes juvenis estilo sessão da tarde... Não é à toa que como convidada na segunda faixa, “77” (título gera expectativas/expectativas se vão por água abaixo na audição), de ninguém mais ninguém menos que Avril Lavigne. Sim, ela mesma, a rebeldezinha na fila do peixe...

Steve Stevens surge nas faixas “Too Much Fun” e “John Wayne” (essa é ótima, uma semi-balada que homenageia um dos maiores cowboys do cinema). A pop-punk “Wildside” tem a participação de Joan Jett, e mais uma vez o que poderia ser uma puta faixa, acaba em decepção, apesar do lindo solo de Steve Stevens. “I´m Your Hero “ é uma faixa legalzinha.

Por fim, a melhor faixa, que está muito acima das demais, que foi lançada como single, ”Still Dancing” fecha o trabalho. Creio que esta faixa deve ser o maior motivo da minha frustração, pois quando a ouvi pensei que teríamos um ótimo trabalho. Ao contrário disso, ao terminar a audição, tive a impressão de ter ouvido alguma bandinha metida a punk e que não chegou a lugar nenhum. Totalmente dispensável, a não ser por “Still Dancing”...

José Henrique Godoy




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