quinta-feira, 24 de abril de 2025

SLEEK - STILL HURTS (2025)

 


SLEEK
STILL HURTS
Good Time Music - Importado

Algumas vezes, a gente abre a caixa de e-mail e se depara com surpresas. Pra falar a verdade, na maioria das vezes, elas surgem pelo lado negativo. Mas dessa vez me deparei com esse lançamento enviado pela C.S. Management & Promotions: SLEEK, banda grega criada em 2021, praticante de um Melodic Hard Rock interessante e que em seu álbum de estreia STILL HURTS, mostra que tem um bom potencial a ser explorado. O sexteto investe em melodias eficientes e guitarras que se encaixam de forma correta, dosando momentos mais pesados (obviamente, não espera encontrar lampejos de Pantera, Sepultura ou afins) que fazem com que as harmonias criadas tenham uma pegada mais atual sem soar forçado. Se você curte bandas que praticam aquela Hard/AOR com pegada anos 80, o grupo pode te agradar de forma bem satisfatória.

Joseph Agnostou (vocal), Nikos Efetzis (guitarra/backing vocal), Giorgos Kontogiannis (guitarra/backing vocal), Alkis Rigopoulos (baixo/backing vocal), Grigoris Sandalidis (piano/teclado) e Vaggelis Diplarakos (bateria) formam o SLEEK e trazem 09 faixas com produção cristalina, onde tudo ficou em seu lugar (por vezes, até demais), e ganha destaque a boa postura vocal de Joseph, pois seu timbre fica no meio do caminho entre o melódico e o mais rasgado (em algumas passagens) e as guitarras da dupla Nikos e Giorgos se sobressaem, criando o citado "peso". Com isso, podemos afirmar que o trabalho merece o apreço pelos fãs do estilo, pois as características que o envolvem são trazidas pelo sexteto de maneira correta e harmoniosa. Merece destaque a capa do álbum, uma vez que nos remete àqueles seriados dos anos 80 que se passavam na Califórnia... Bons tempos!

O trabalho abre com a faixa título, com aquela pegada Hard/AOR típica, trazendo um belo trabalho de guitarras. Dona de um refrão que gruda na cabeça, a composição traz solos técnico e melódicos, empenhando muita qualidade à execução. Um pouco pesada, "Tell Me" vem com mais guitarras e riffs hard/heavy, destacando também o bom entrosamento da dupla Alkis e Grigoris (baixo e bateria, respectivamente) que empresta à faixa uma base intensa, enquanto Nikos nos apresenta mais um belo solo. Por sua vez, "Gold" começa com uma linha de baixo mais destacada e nos traz momentos mais suaves, mostrando que apesar de pouco tempo de estrada, a versatilidade do grupo em termos de composição é bem presente. "Empty", começa como uma bonita balada e assim se mantém até metade de sua execução, quando ganha mais intensidade uma veia mais Hard Roc (talvez, a maior do álbum). Com certeza, um dos destaques do trabalho!

"Heavenly Skies" continua a viagem pelos caminhos do Hard/AOR, novamente sendo guiadas pelas linhas de guitarra, onde o tecladista Vaggelis aparece de forma bastante discreta. Se "Empty" soava como uma balada, "Friends" se encarrega melhor desse título, com uma bela melodia. Assim como "Snowstorm", que traz apenas voz e violão, totalmente acústica e com uma ótima performance de Joseph. O clima segue o mesmo em "Another Lie", mas dessa vez, temos a participação da banda de forma completa. O álbum se encerra com " A Life in Chains", totalmente rock n' roll, cheia de guitarras e energia, fechando o trabalho com uma ótima vibração, contrastando com a suavidade que vinha se mantendo anteriormente. ótima faixa e um dos destaques de STILL HURTS.

De forma geral, STILL HURTS é um trabalho na média, com destaque para as guitarras, mas que traz uma ótima perspectiva sobre o que o SLEEK pode vir a apresentar logo em seguida. Com apenas três anos de carreira, o grupo soube o momento certo de entrar no estúdio e apresentar seu cartão de visitas. Nos resta esperar e comprovar se isso se confirmará. Entretanto, se você curte o Hard/AOR dos anos 80 com uma sonoridade mais atual, vá sem medo!

Sergiomar Menezes









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