DECAPITATED
BLOOD MANTRA
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
BLOOD MANTRA
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
Escrever sobre o Deacapitated não é definitivamente uma tarefa fácil, banda de história ímpar, impactada de forma irreversível por uma tragédia na estrada em 2007 resultando na morte do baterista fundador Witold Vitek Kieltyla e no coma do vocalista da época Adrian Covan Kovanek. O compositor principal da banda Waclaw Vogg Kieltyla obviamente deu uma pausa totalmente necessária na banda, voltando somente em 2011 com o álbum "Carnival is Forever", mostrando ao mundo que a resiliência e o foco podem fazer milagres.
A sequência deu-se aqui nesse Blood Mantra, de 2014, onde podemos ver os poloneses digamos em uma sequência natural do aclamado álbum "Organic Hallucinosis" de 2006, mas atentem pra palavra sequência, visto que o Decapitated basicamente nunca faz o mesmo álbum, eles não se repetem!
Esse é o motivo de "Exiled in Flesh", tema de abertura nos deixar pensando que a banda poderia ter entregado mais como em alguns clássicos do passado, mas como já disse, Vogg, nosso principal compositor, não se repete, e a abertura soa realmente como uma intro desse excelente "Blood Mantra" que está por vir, desembocando em "The Blasphemous Psalm to the Dummy God Creation" que começa agressiva e rápida, embora tenha aquela pitada do velho Decapitated com partes de groovy entre os blast beats que norteiam essa curta e potente música. Na sequência "Veins" mostra como está variado de influências esse álbum, nos remetendo a algumas passagens que lembram um thrash, ou a possível influência da última turnê junto ao Meshuggah e o Lamb of God numa vibe bem mais groovy. A faixa título "Blood Mantra" traz Vogg com talvez seus riffs de mais groovy dentro do álbum, me lembrando aquele velho rótulo de Death n’ Roll já praticados no passado por Pungent Stench e Entombed, mas ainda com o estilo do Decapitated mais agressivo. Agora em "Nest', parece que temos de volta o Decapitated dos tempos de Nihilist, com riffs quebrados, bumbos em tercinas e aquela quebradeira característica que deixou a banda famosa, essa música é a que mais mantém o estilo antigo da banda. A rápida "Instinct" mantém a energia do álbum em alta com todos os elementos que fizeram a banda se destacar no cenário do tecnichal death metal mundial, e a sequência com a emblemática "Blindness" que soa mais como um verdadeiro mantra hipnótico com vocais de pura agonia e feeling sensacionais emendando "Red Sun", faixa instrumental triste e lúgubre, que encaminha o fim do álbum de forma triste. Não posso deixar de destacar o belo trabalho do novo baterista Michal Lysejko que adaptou-se perfeitamente a esse novo conceito criativo de Vogg pra esse excelente Blood Mantra.
Márcio Jameson
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