segunda-feira, 28 de abril de 2025

BLEED FROM WITHIN - ZENITH (2025)

 


BLEED FROM WITHIN
ZENITH
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

O Bleed from Within não veio pra brincar em “Zenith” — eles vieram pra cravar o nome ainda mais fundo na história do metal moderno. Chegando no mercado nacional em parceria entre a Shinigami Records e Nuclear Blast, o álbum é uma verdadeira explosão de peso, técnica e emoção, daqueles que já no primeiro play fazem você pensar: “Ok, isso aqui é especial”. Logo de cara, “Violent Nature” te atropela como uma locomotiva desgovernada, mostrando que a banda está afiada, e mesmo fazendo turnês com grandes nomes, recebendo elogios, ainda existe “fome” dentro deles.

A cada faixa, o álbum vai construindo uma muralha sonora impressionante. E quando você acha que já entendeu o jogo, eles vêm com “In Place Of Your Halo”, misturando gaitas de fole com um “breakdown” pesado de fazer o chão tremer. É uma celebração das raízes, um soco no estômago e um abraço ao mesmo tempo — corajoso e emocionante. Essa ousadia “rodeia” por todo tracklist. Os riffs insanos, grooves de fazer bater cabeça até cair os miolos e refrões que grudam como tatuagem.

O vocalista Scott Kennedy canta como se estivesse cuspindo fogo, variando entre berros animalescos e melodias rasgadas que transbordam sentimento. E não dá pra falar de “Zenith” sem destacar as participações de peso de Brann Dailor (Mastodon), em “Immortal Desire”, e Josh Middleton (Sylosis), em “Hands of Sin”. É como se cada convidado tivesse entrado no campo de batalha pra elevar ainda mais a intensidade do álbum.

A produção é absurda. Tudo soa gigante: bateria martelando o peito, guitarras cortando o ar como lâminas, baixo pulsando nas entranhas. Cada detalhe brilha na medida certa, deixando o som limpo sem tirar a brutalidade. Eles não estão apenas no topo — eles construíram a própria montanha e estão gritando de lá de cima pra todo mundo ouvir, sendo um dos grandes exemplos a avassaladora “Known by No Name”, que mostra como há beleza no meio do caos.

A mistura de partes orquestradas, corais e a insanidade do instrumental e vocal revelam o quanto o quinteto estava inspirado e confiante no momento de composição do trabalho. E então chega “Edge of Infinity”, o grande encerramento: A música começa como nascer do dia de guerra, tranquila e carregada de uma explosão controlada de fúria e esperança. Aqui, o peso dá espaço à emoção, como se a banda entregasse, de peito aberto, tudo aquilo que ainda carregava.

Zenith” não termina. Ele ecoa como um grito de liberdade e dor na escuridão. Um trabalho que não ficará preso no presente (2025), ele coloca o Bleed From Within mais forte do que nunca para o futuro, mostrando que vão muito além do tal metalcore.

William Ribas




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